sexta-feira, 9 de outubro de 2009

Dra.

Esses dias eu andava pensando sobre minhas espectativas, idéias e divagações que eu tinha quando era menor sobre o meu futuro. Por exemplo, quando eu era bem pequena eu disse a meus pais que, quando crescesse, seria Pintora de Parede... para total desconsolo da dupla. Eles me disseram, "Pintora de parede!?! *tom absolutamente reprovador* E tu vai ganhar dinheiro!? Vai morrer de fome menina! A gente paga escola e VÊ *estilo olha-só-que-caso-perdido*". Mas eu nem os ouvia, pois, seguia com afinco a lógica mor de que: há tantas paredes no mundo pra se pintar, que nunca me faltaria trabalho, e se eu trabalhasse sempre, nunca me faltaria dinheiro, e assim, seria rica. MEU, por que ninguém havia pensado nisso antes?! Pois é, naquela época eu não entendia nada de baixa remuneração e concorrência do mercado (e achava que uma casa custava a absurda quantia de R$1000,00).
Numa época próxima a de cima eu pensei certa vez que nunca chegaria aos 15 anos. Porque 15 anos era, pra mim, uma idade muito avançada, e que eu nunca poderia deixar de ser criança, porque era o que eu mais gostava de ser na vida, e não era justo que eu tivesse que crescer. E se não era justo, não seria.
Outra idéia que tive do meu futuro, totalmente contrária à da minha infância de trabalhar duro, veio do desejo de independência (e de uma vida-estilo-meu-seriado-favorito) do inicio da pré-adolescência: eu estava decidida que, assim que completasse 18 anos, eu compraria um cavalo, um cachorro, colocaria uma mochila nas costas, pegaria um mapa, apontaria um lugar aleatoriamente e seguiria pra lá. E assim seria minha vida. Eu conheceria o mundo, conheceria nações e povos, línguas, pessoas, lugares; viveria experiências incríveis e, quando ficasse mais velha, lá pros 30 anos, escolheria um lugar para morar, começaria uma vida fixa do zero e contaria minhas aventuras a todos que quisessem ouvir, até a minha morte. Bom, até onde eu lembro, não havia nenhuma nota sobre como conseguir dinheiro pros mantimentos básicos, nem sobre vistos para entrar em outros países, nem sobre como se defender de ladrões, estrupadores, sequestradores, torturadores, terroristas, kamikazes, etc; nem sobre como embarcar, provavelmente clandestinamente, num navio/avião para a África com um cavalo. Mas isso nem passava pela minha cabeça, a grande questão era: que raça de cavalo eu escolho?
Além disso já quis ser: atriz, pintora (artista), guerreira medieval, médica, andarilha, veterinária, supersayajin, fazendeira, peão, professora de primário, cantora, mestre pokemon, nadadora profissional, advogada, "professora" de esportes radicais, paraquedista, dona do shopping center, power ranger, diretora de cinema, piloto de avião, marechal do exército brasileiro, espiã, bióloga, assaltante profissional, policial, jornalista, bacharel em história, pianista, arqueóloga, legista e escritora. Até onde eu consigo lembrar.
Daí que depois de pensar nisso tuudo, eu me pergunto: o que diabos faço eu no curso de fisioterapia? Tá, eu me formo e faço especialização em equoterapia... E? Cabô? Nem é uma profissão tão bem paga assim. Claro, que eu teria a clínica da minha mãe pra tocar, e a idéia de um emprego autônomo, bem remunerado, garantido e ainda com suporte não é tão abominável assim. Mas a questão é que, sei lá, eu não faço a menor idéia do mundo em que vivo, não entendo nada de transações comerciais, grandes negócios, investimentos, política, táticas sociais, comando de equipe; enfim, quase nada. Só sei que gosto de andar à cavalo, e cavalgar me faz sentir tão bem quanto nunca estive; e gosto de bicho, e de verde, e da terra; gosto de correr e me sujar, de cuidar, de ajudar, aprender; nem tanto assim de conversar, mas muito de estar perto. Só sei que um pedaço de mim seria arrancado e jogado fora se eu me visse indo diariamente para uma sala e passando no mínimo 8 horas lá dentro por dia. Talvez eu simplesmente não tenha nascido para grandes feitos afinal, mas isso não me aflinge. No momento, eu quero me tornar uma veterinária (de animais de grande porte). Posso acreditar na lógica das pinturas de parede e trabalhar duro e ter dinheiro, ter um eterno espírito infantil e ainda viver vagando de um canto a outro, como talvez exija minha profissão. Se isso me trará uma boa condição de vida, não sei; mas, se tudo der certo, eu posso ter a vida que sempre quis (embora sem meu pokemon) e eu jamais teria essa chance se fosse por um caminho oposto. Sabe como é [MODO AUTO AJUDA ON] Voce perde 100% dos tiros que nunca dá[/off]. Eu não sei viver, e isso é fato. Simplesmente faço e digo coisas aleatórias sem nenhum propósito. Mas ISSO, eu quero muito.

[ENEM 'TAMO AÍ! (bolas, não fiz fernandinho! /comofas)]

sexta-feira, 28 de agosto de 2009

Os motoristas de ônibus me odeiam.
Só pode ser pô! Vê, vai fazer um mês que tô na faculdade, das 20 vezes que fui pr'aquela parada, em pelo menos 10 o ônibus passou assim que eu cheguei!... enquanto eu estava do outro lado da rua. Só pode ser um carma. Já tentei chegar 5 minutos mais cedo e, adivinha!, o ônibus passou adiantado naquele dia! Dez minutos... idem. No sexto dia de aula, tendo chegado atrasada em TODA a primeira semana, eu estava decidida a chegar na hora: acordei sofríveis 20 minutos mais cedo, me arrumei mais rápido que o normal, saí MUITO mais cedo que o comum, pensando, "Vou pegar o ônibus do horário anterior.". Acelerei o passo pra chegar logo na parada, sem nem me preocupar em colocar a costumeira trilha sonora. Eu estava a uns 30 metros da parada, vários minutos mais cedo. E... adivinha!! Passou de novo!! Na minha cara!! Quase me dando tchauzinho!! Mas eu tava decidida. Eu chegaria no horário! Saí correndo abobalhadamente; o sinal tava aberto e uma fileira de carros aborrecidos e em velocidade cortavam meu caminho. Não importava, EU VOU NESSE ONIBUS!! Desimbestei no meio da pista, ouvi as freadas e as buzinas que soavam algo como "bii", mas queriam dizer "SUUUUUUAAA DEMEEENTEEE!!! QUER MORRER, DESGRAÇAAADA!?!". Nem liguei, eu estava a um passo da calçada, o ônibus ainda estava lá. Sorri. (...) Cedo demais. Assim que um de meus pés tocou a calçada, aquele filho da--, digo, adorável motorista de transporte público, alçou vôo. Merda. MAS, eu ainda não desistira!! Saí correndo atrás dele socando a lateral do ônibus e gritando "EEI!!! EI!!! PÁRA!! PÁÁÁRAAA!!!! SHOPPING CDUUUUUUUUUU!!", eu tava TÃO desesperada, que cheguei a avançar mais que o ônibus e tava quase na janela do cobrador. Close nas caras apáticas dos passageiros de "Nossa, uma menina correndo, o que será que ela quer?", totalmente alheios a minha angústia. Cheguei até a pensar em me pendurar no ônibus e ficar batendo até que aquela alma parasse e me deixasse entrar, pagar e sentar. Mas o viaduto viria logo em seguida e eu me acovardei. Quando parei de correr e vi o ônibus indo embora, um sentimento de revolta absolutamente justificável tomou conta de mim. Eu xinguei o motorista, o ônibus, a empresa e os passageiros de todos os palavrões mais horrorosos que conheço, e acho até que inventei alguns também. Fiquei resmungando coisas do tipo, "Que criatura detestável", ou, "É por isso que esse país não vai pra frente", durante vários minutos. Nem quando, 35 minutos depois, chegou o outro ônbus, lotado e atrasado, eu parei de resmungar. Fiquei com uma cara de mau e repressiva durante todo o percurso, absolutamente indignada.
Pois bem, desde esse dia que eu venho bolando uma teoria: há um esquema todo armado contra mim. Veja bem, é maquiavélico mas muito simples: toda vez que saio de casa, eu passo por uma rua onde sempre há vigias. Um desses, não sei bem qual, é o cara do alerta. Daí que eu tenho CERTEZA que os ônibus ficam parados na esquina apenas esperando o sinal (eles chegam a aguardar durante horas!), até que, assim que eu passo pela rua dos vigias, o cara do alerta manda uma mensagem codificada para o motorista do ônibus da vez. Ele aguarda mais alguns segundos, para dar tempo de eu chegar mais perto da parada e então, parte. Os motoristas dessa linha específica são pós-graduados em cálculo de velocidade e tempo; por isso, que, após fazerem cálculos mentais mirabolantes, eles sabem a velocidade exata que devem seguir para passarem na minha frente e não serem pegos. Só que às vezes eles mudam de plano e decidem tentar me fazer criar raízes na parada, me fazendo esperar durante MUITO tempo.

Mas agora eu estou em vantagem, pois eu sei o que eles fazem, mas eles não sabem que eu sei =). Já tenho um contra-plano: vou por um caminho mais longo da próxima vez, sem passar pelos vigias, e vou tentar dar a volta na esquina pra pegar os onibus por trás no flagra! Há, eles que me esperem....

terça-feira, 21 de julho de 2009

Limpa Mofo II - O Regresso

Como disse, por enquanto, só texto velho que achei ocupando espaço no meu guarda-roupa.

Sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009

Em 20 de fevereiro de 2009, minha prima, dominada pelo temor insano e pela indiferença, decidiu matar. A pobre vítima era uma inocente vespa que voava aleatoriamente pelo cômodo em que estávamos, ignorando-nos por completo e apenas fascinada pela luz que irradiava da lâmpada de teto do quarto da ré. Apesar dela estar completamente alheia a nós, minha prima a declarou uma ameaça e decidiu envenená-la. Munida de Baygon Ação Total, ela se preparou para o extermínio.
-Morrer envenenada deve ser um jeito horrível de morrer -disse eu.
- ¬¬' Não importa, ela não sente, não pensa.
- Talvez fosse isso que os nazistas pensavam dos judeus.
Passando a me ignorar também, ela perseguiu o pobre inseto aonde quer que fosse jogando poderosos jatos de veneno letal ao redor; quase comprometendo a própria saúde, mas, o desejo de morte, naquele momento, tornou-se mais poderoso que o de auto-segurança.
Apesar dos esforços da vespa para sobreviver, alguns segundos de pura agonia depois e ela não conseguiu mais manter-se no ar. Aterrissou abobalhadamente e agonizou no chão. Esmaguei-a. Num último olhar vi que uma de suas patas havia ficado levantada para cima, num gesto humano de clemência. Peguei-a por uma de suas asas e a enterrei.

Enterrar Avespa, como decidi chamá-la para que não morresse como indigente, foi uma decisão difícil; pois não sei qual a coisa mais digna a se fazer com os corpos dos seres do ar. Então, dei-lhe apenas o que tinha: uma insuficiente dignidade terrestre.





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Comentários póstumos:

que meeeerdaaaaaaaa =P o texto e o drama x]
Pois é, apesar do que acabei de dizer na linha acima, eu REALMENTE senti a morte da vespa =|... os únicos seres que eu não sinto a menor dó são muriçosa e afins e barata; fora isso, qualquer um que faça me sentir ameaçada... mas, pô! Coitada da vespa...

domingo, 5 de julho de 2009

*Limpa Mofo*

Pois é, não vou dizer que a ideia de voltar com o blog me alegra por demasiado, por isso digo logo que não tô voltando pra valer. É só que eu tava fazendo uma faxina de papéis no meu quarto e achei algumas coisas que eu tinha escrito e talz, e daí resolvi colocar por aqui. Assim eu atualizo essa joça e ainda contribuo com a reciclagem ;)

Essa de hoje foi escrita em 31 de Março de 2009 (antes do *enjoei*) e, pelo que percebi, eu tinha escrito só pra colocar aqui no blog então lá vaí:


Eu andava levando minha vida normalmente; sabecumé: acordando cedo, indo trabalhar, chegando à tarde, dando uma estudadinha em qualquer coisa pra não perder o costume(!), tentando tocar alguma coisa no violão, fazendo algum exercício, assistindo um filme ou seriado no pc e, como prometi, lendo alguma revista (do estilo Veja e Carta Capital) ou jornal.
Por sinal, já descobri um monte de coisa interessante folheando essas coisas; por exemplo: vocês sabiam que Deus foi colocado na justiça?? Pois é, eu esqueci o nome do cara, mas ele processou Deus culpando-o por todos os desastres naturais que já aconteceram na história! Ele perdeu, mas disse que vai recorrer. Pois bem, descobri também o cauchsurfing!! A história é a seguinte: um americano muito do desocupado tava navegando na internet quando achou passagens para a Islândia por um preço absurdamente barato!! Tava TÃO barato, que ele comprou. Assim, sem mais nem menos. Só que, além de desocupado, ele era liso, e não tinha dinheiro pra pagar um hotel por lá. Daí, ele resolveu mandar 1500 e-mails pra estudantes de uma universidade da capital de lá perguntando se... por um acaso... não poderiam hospedá-lo! De graça, claro. Em menos de um dia ele recebeu 50 respostas positivas, ESCOLHEU uma e foi simbora pra Islândia. E assim nasceu o couchsurfing, ou seja, numa tradução tosca: surfando no sofá, já que é muito provável que é lá que você vai dormir. Hoje já existe até um site pra isso: www.couchsurfing.com, e tem muito brasileiro nessa história, como uma tal de Luciana que fez uma viagem de mochileira por 17 países na Europa por esse esquema. Mas voltando às minhas descobertas: li, num mesmo jornal do mesmo dia, umas três matérias sobre a campanha no interior do estado do Governador Eduardo Campos (me'rmão, tinha até uma matéria sobre o nome do carro dele!! /kralho... Que eu não li, só pra constar); descobri que vai faltar água em algum canto por aqui por perto, mas não na minha casa, então não dei muita importância (egoísmo absoluto); e descobri que EXISTE uma folha do jornal MUITO mais chata que Política: Economia. A seção tem mais número que letras, só fala de crise, dificilmente tem uma notícia boa e eu não entendo bulhufas das matérias mais elaboradas. Eu fiquei desistimulada com as matérias sobre política, quer dizer, é mais fofoca que política na verdade. Disputa eleitoral parece mais briga de cocotas.
Ah! Andei pesquisando assim, sem compromisso, sobre trabalho voluntário em lugares distantes. Descobri que pra ir à África é caro demais pra mim e tem até que fazer curso preparatório pra ser voluntário; além das 250 vacinas contra doenças-terríveis-e-altamente-infecciosas que você tem que tomar antes de ir, e, ainda além disso, você tem que passar mais ou menos 1 ano e meio por lá. Também descobri (ou achei ter descoberto, já que não tenho certeza quanto a essa informação) que mulheres não podem ser recrutas no exército brasileiro!! É vero?! Ao menos o site do exército só fala em mulheres com graduação em algumas áreas úteis às formas armadas (há! Fisioterapia e Veterinária são duas delas!)... Mas eu não desisti, e também nunca estive firme, de nenhuma das duas idéias (África / exército)...
Sim, mas não era sobre isso que eu queria falar. Como eu tava dizendo, eu tava levando minha vida normalmente quando descobri o terrível: estou só. No meu quarto, quero dizer. E não, não penso em me casar nem arrumar alguém com quem dividí-lo, thanks. Tô dizendo que nesse cubículo em que passo toda a noite, eu sou o único ser vivo. Além das muriçocas malditas munidas com seus ferrões despejadores de veneno e sugadores de meu sangue, que circulam por aqui; o que torna as coisas muito piores porque... elas são minhas inimigas. São sim. E eu, literalmente, tenho alergia a esse tipinho asqueroso de ser. Então decidi trazer mais vida aliada a mim pro MEU espaço. Então, de hoje de manhã pra agora, o número de habitantes legais de Myroom, passou de 1 para 4!!
Conheçam: Rouge, uma adorável... planta (desculpe, não entendo nada de espécies vegetais); e os dois peixes (da raça Tetra negra, eu acho): Cris e Eli (lê-se Ilái, ok? It's inglish). Mas, nem tudo são flores (só a Rouge), pois Cris e Eli têm medo de mim! Enquanto eu os vejo como dois amigos-peixe sem sexo definido (por isso os nomes Unissex), eles me vêem apenas como uma cabeça gigante de dentes afiados pronta para devorá-los!! Loucos!... Mas eu tô conquistando a confiança deles à base do suborno alimentício e até que tá dando certo.
Sim! Também comprei um pandêro. Sei lá o porquê, tava meio barato e acho tão legal quem toca que eu decidi levar pra ver se consigo ser auto-didata. Pior pros vizinhos. esse negoço é escandaloso!!!
E, pra completar as novidades: entrei no hipismo. TÕ--MUITO--FELIZ--!!!!


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comentários póstumos:
1 - fora a Super Interessante, a Mundo Estranho e minha nova mania: a Horse; não tô lendo mais revista nenhuma.
2 - Rouge morreu... E Cris também... (ou foi Eli? O.o) ahuasuahauahu R.I.P.
3 - o negoço do pandeiro não eu muito certo x] mas até que dá pra fazer barulho
4 - Tô muuuuuuito feliz com o hipismo =D!!! Quarta-feira é o dia mais aguardado por mim!!! Já tô saltando e talvez, se a égua ficou prenha, eu "ganhe" um cavalo/égua do meu padrasto!! =DDDDDDD Claro, que eu aqui e ele/ela lá em Palmares, mas mesmoo assiiiiiimm owwwwwwwnnn é meu =)

domingo, 12 de abril de 2009

Enjoei

Enjoei de ter um blog.
Eh isso.
Deixa isso no mofo até eu desdesgostar de novo.

quarta-feira, 11 de março de 2009

Eu tava tentando tirar alguma coisa do meu violão completamente desafinado quando lembrei da primeira música ensinada no Cap: pra não dizer que eu não falei das flores. Mas eu só lembrava o iniciozinho da música porque tocava num comercial aí sobre qualquer coisa. Então eu fui no youtube, digitei o nome da música, escolhi o primeiro vídeo da lista, esperei carregar e depois que eu assisti... de repente o violão; o fato de eu estar aprendendo a tocar violão... me pareceu ridículo. Soava como uma afronta, como se eu tivesse segurando a prova da minha alienação; como se eu tivesse virando a cara pro mundo e decidindo viver um sonho de vidro fosco. Nada demais na verdade, uma sensação com essa eu, e milhares de pessoas como eu (que têm uma casa, comida, relativa segurança, dinheiro e uma tv), já senti diversas vezes. Sabe como é: culpa pelas crianças morrendo de fome na África, por aquelas pedindo esmola no sinal, por aquelas das fotos no jornal mortas por bombas, e etc, e você aqui, no computador, de barriga cheia, com pai e mãe e escola bacana, e etc. E então você decide nunca mais estragar comida e bolar um plano pra mudar o mundo; e talvez isso dure uma semana, talvez duas, mas daí depois você só segue em frente. É um clichê de vida, se é. E dessa vez pra mim talvez só seja mais uma vez, mas... se vocês puderem ver o vídeo AGORA e derem pause aos 52 segundos...
Sério, vão ver o vídeo antes de continuar.
(http://www.youtube.com/watch?v=5rtU0pg-kkw)
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Mas aí veio esse menino da foto. E, se querem saber, de primeira eu nem reparei em seus membros faltosos, porque eu estava muito ocupada me assustando com o olhar dele. Quer dizer, olha pra ele, não é só um olhar de uma criança perdida, ou com fome, ou desesperada. Eu preferia vê-lo gritando da mais pura raiva a ver aquele olhar de novo. O olhar de um adulto
Foi isso que eu senti, e então eu fiquei encarando a foto por bastante tempo até ver só... um menino de novo; perdido, desesperado, gritando de agonia e dor, desolado, fechado e marcado. Talvez ele nunca tenha tido a chance de aprender a andar... E não é só uma foto, é um alguém real que está por aí. É real... e ele existe. ESSE MENINO EXISTE!!!
Eu sei: você sabe disso. Talvez só eu não soubesse com certeza, e a revelação me deixou um pouco tonta. Não é como um filme com final trágico que você assiste várias vezes na esperança de que se, talvez, se você assistir de novo, o final mude, e tudo fique muito-bem-obrigado; é mais como um agora muito longe e extremamente difícil de ser alterado e completamente impossível se você quiser ficar sentado com esse seu traseiro gordo nessa cadeira pensando em o quanto o mundo é realmente injusto. Isso é uma mensagem pra mim, só pra frizar.
Ok, dessa vez nada de planos pra instituir uma reforma agrária mundial, nem de socar os políticos até que eles se tornem justos, porque não dá mais pra esperar mais ninguém começar alguma coisa pra que eu simplismente concorde ou amaldiçoe. Porque eu posso começar alguma coisa, de verdade. Posso mesmo. Talvez a África seja muito longe, e a faixa de Gaza um lugar para se virar uma peneira; mas quer saber? Há taaantas coisas pra fazer... Eu não posso fazer todas, não mesmo, mas posso escolher uma, certo? Imagine um gigantesco pote de vidro cheio de pequenos papeizinhos (um pote muito, muito grande), e em cada pedaço de papel: um problema; que vai desde a chateação de um menino com sua bola de futebol furada até grandes guerras.Mas esse pote é especial, porque, além de ter esse tamanho absurdo, ele é mágico. Se é. Dele só se tiram os papeizinhos certos para o que está ao alcance da pessoa que o tirou. Isso não é Deus, nem destino, isso é... uma coisa que simplismente acontece. Vou pegar um. Ainda não sei o que tá escrito, mas tenho certeza de que é realizável. Tenho um rastro de idéia do que seja, mas não vou olhar agora. Sabe o que eu vou fazer nesse exato momento? Desalienar. Eu acho política uma das cinco coisas mais chatas do mundo, mas vou fazer um esforço pra ter interesse. Nem tão cedo eu vou ter um partido de preferância ou uma proposta governamental, ou vou entender o que está acontecendo no mundo; mas o começo é sempre assim, muito mais difícil.
Ah! Isso não quer dizer que eu vá parar de treinar violão, ler livros de ficção, assistir filmes e seriados compulsivamente ou deixar de fazer qualquer uma dessas coisas que eu goste. Eu só tô acrescentado uma coisinha a mais.

Mosaico

DIÁLOGOS DE RUA


Duas crianças de rua estavam se atracando no meio do Carnaval do Recife Antigo (a menina dava uma chave de braço no boizinho). Conversa entre um grupo de garotas que assistia à cena.
-Meu Deus, olha só, eles tão brigando!...
-Ih, é mermo, qué que a gente faz?
-Sei lá, qualquer coisa!
-A gente não faz nada. A menina que tá ganhando!
-É verdade, então deixa assim mesmo
-É, deixa assim...
(...)
-Não minha gente, bora separá
-Já sei! Faz cosquinha nele!
-Boa idéia!

(e o menino já tava perdendo)


Conversa entre mãe e filha (de uns 4 anos) no banheiro feminino do Shopping, no box ao lado.
-Mas Laura, você não pode ficar prendendo o xixi não...
-O quê?
-VOCÊ não pode ficar prendendo o xixi não...
-Prendendo o quê!?!
-O XIXI!!!
-Ah... (...) E como faz isso?


No telefone.
- Boa tarde, eu queria saber se vocês têm aula de judô aí.
- Não, não temos... Porque aqui é um lava-jato.
- Ah.


Na mesa do almoço. Conversa entre uma amiga da minha avó e meu avô.
-É, mas hoje em dia já tem aqueles computadores pequenos que se leva pra todo canto é top... topláp,não... top...
-É, topless.


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EI PSIU!!! Não tem nada pra fazer?!??! Ou tem tanta coisa pra fazer que você fica sobrecarregado só de pensar em tudo?!?!? Não importa!!! EU!, tenho a solução.

http://www.acheipromocao.com.br/category/concurso-cultural

É um sitezinho que mostra um bocado de concursos culturais que tão acontecendo. Coisas do tipo: responda à pergunta, "O que vcoê faria se fosse um alien?", as 5 frases mais criativas ganham uma viagem pra Marte! Não perca, essa promoção é coisa de outro mundo! ¬¬'. Enfim, coisas desse tipo, ou com quiz, envio de vídeos, fotos e etc. Tem alguns sem graça mas tem umas legais. Eu decidi entrar em todas dessas de frases e algumas mais, só pra passar o tempo e ainda ter a esperançazinha de chegar algum prêmio pelo correio =). Sabe como é, uma distração que pode me levar à Disney com tudo pago =D! Tudo bem, ninguém ganha nessas coisas, mas é legal participar. Com destaque essa aqui:

http://www.cinematecaveja.com.br/promocao.php

É um quiz de filmes. Cada quiz com dez questões sobre um ou dois filmes. É bom pra lembrá-lo(!) que sua memória é uma droga. (NOTA 6 EM TITANIC =D!!)

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Ando...
...lendo: Brisingr
...assistindo: The O.C.
...ouvindo: Legião Urbana
...tentando: tocar violão (mesmo ele estando incomodavelmente desafinado)






E ainda... Que eu falasse a língua dos homens... Que eu falasse a língua dos anjos...

sexta-feira, 6 de março de 2009

O menino do pijama listrado


Fiquei num estado de transe absoluto quando esse filme acabou, e por tanto tempo que os créditos terminaram e, aos minutos passados, se somaram mais alguns até que eu voltasse à consciência; na verdade a uma semi-consciência, porque eu acabei de assistir ao filme e já vim direto escrever sobre ele.
Eu não gosto de falar o quanto algo é bom ou ruim para alguém quando tô tentando convencê-lo a dar uma olhada, porque geralmente a pessoa já vai com uma perspectiva muito grande ou negativa, o que acaba por influenciar diretamente no julgamento da coisa. Então é isso: assistam se quiserem, leiam a sinopse e entrem num estado de espírito neutro quando começar, só assim poderão ter uma opinião verdadeira, e isso vale pra tudo ;].



Links:

Download .avi (700 mb) e legenda port. (55kb)

(nesse formato pode-se gravar em DVD e assistir no aparelho)

Download .mp4 (165 mb) legendado


Download .rmvb (295 mb) DUBLADO

terça-feira, 3 de março de 2009

Momento Saúde

"Conhece-te a ti mesmo", diz o lema do curso de Anatomia Humana; lema que me diz muito pouco porque a frase já é tão batida que perdeu parte do significado. Mas reconheço que é perfeito pra matéria, afinal, você é um corpo. E, para aqueles que acreditam, uma alma também (mas e daí?). Bem, a questão é que eu tava estudando, e logo na introdução da matéria vinha isso (sente a responsabilidade)

"Ao te curvares com a rígida lâmina de teu bisturi
sobre o cadáver desconhecido,
lembra-te que este corpo nasceu do amor de duas almas,
cresceu embalado pela fé e pela esperança daquela que em seu seio o agasalhou.
Sorriu e sonhou os mesmos sonhos das crianças e dos jovens.
Por certo amou e foi amado, esperou e acalentou um amanhã feliz e
sentiu saudades dos outros que partiram.
Agora jaz na fria lousa, sem que por ele se tivesse derramado uma lágrima sequer,
sem que tivesse uma só prece.
Seu nome, só Deus sabe.
Mas o destino inexorável deu-lhe o poder e a grandeza de servir à humanidade.
A humanidade que por ele passou indiferente"


"O.o", pensei eu. Na verdade nunca me ocorreu a idéia de ver um cadáver como 'alguém', algo que já possuiu sentimentos. Pra mim sempre foram carcaças, puros objetos de estudo. Até mesmo quando cogitei a possibilidade de ser legista, ainda assim, pra mim, descobrir o modo como morreram era uma espécie de jogo, não estava ligado a nenhum dever moral ou qualquer coisa dessas. Ou mesmo quando fui ao enterro de pessoas queridas eu olhava a face fosca e pensava: onde será que está agora? Porque você sabe que 'aquilo' não é mais alguém.
Enfim; porém, logo após ler esse texto eu senti quase uma compaixão por todos os indigentes do mundo que foram cortados, expostos e analisados puramente com a razão sem que ninguém tivesse lhe dito: "ei, obrigado por nos entregar seu corpo, nos ajudará muito em nossa formação, obrigado mesmo."... mas a sensação veio e foi como um raio, porque logo depois eu pensei: O que seria de mim se cada cadáver que eu fosse estudar eu soubesse o nome, como viveu e quantas pessoas choraram por ele; ou pior!, que teve um nome, viveu, amou e morreu sem que ninguém sentisse que partiu? Seria como assistir miseráveis vezes uma história real com o mesmo fim mórbido. Eu simplismente não sei se conseguiria cortar ao meio, retirar e analisar as vísceras de uma criatura assim, como sei que não conseguiria fazer isso com o cadáver de algum parente meu. Então cheguei a seguinte conclusão: são como as conchas de um molusco, tudo o que eu tenho é só a concha, o indivíduo se foi; ali não existe mais nada a não ser restos de um sistema que não pode mais ser operacionado, não serve pra mais nada a ninguém a não ser para estudo ou, se houver alguém por ele, para lamentações de algo que poderia ter sido e não foi; mas!, talvez tenha um significado maior para algum alguém que está por aí... Então, eu não vou dizer "obrigado" a uma concha; o que vou fazer é uso dela, e me tornar a melhor profissional que puder com isso; é a única maneira de não me afetar demasiadamente e ainda assim, honrar sua existência.




[ah! para os maiores de dezoito anos: DOEM SANGUE! O Brasil precisa de cerca de 5.500 bolsas de sangue por dia, com a sua ajuda só faltarão 5.499! É possível que você se sinta fraco e tonto depois disso, mas poderá salvar até 3 pessoas de uma morte terrível e dolorosa ;]. Para alguma dúvida, acesse: http://www.inca.gov.br/conteudo_view.asp?id=2013]

sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

Dicas e notícia bombástica

COWBOY BEBOP
O meu mais novo vício em forma de anime. Pra quem não acha que "todo 'desenhos animado' é babaca e não serve para absolutamente nada além de manter crianças alienadas em frente a uma TV", aqui está a dica. Cowboy Bebop tem apenas 26 episódios, e difere do geral. Cada episódio traz uma mensagem por muitas vezes bastante implícita; os personagens, apesar de aparentemente comuns, têm um quê de novo e a trilha sonora é muita boa. Apesar do título sugerir algo meio faroeste, a história se passa num futuro de naves espaciais particulares e mundos destruídos (cowboy é como são chamados os caçadores de recompensas profissionais); o personagem principal é caladão e muito bom no que faz e apesar de sempre conseguir pegar o bandido nunca tem dinheiro suficiente pros mantimentos básicos. Um enredo como milhares de outros, mas!, não deixe que uma sinopse simplória o desanime; Cowboy Bebop é especial pelas entrelinhas, basta um pouco de atenção e as pequenas "sacadas" vão tornando tudo cativante.


A BALADA DO PROJÉTIL FLEXÍVEL
Um certo amigo meu me emprestou um livro de contos de Stephen King selecionando quatro para que eu lesse, e dos quatros escolhendo um como o melhor. Eu li três e deixei esse pro final. Mas várias coisas foram surgindo e o livro ficou escanteado por cerca de um ano e meio (ainda emprestado) até hoje, quando resolvi lê-lo logo de vez.
O conto é sobre a loucura. Não vou falar mais nada, só digo que por muitas vezes na vida julguei a loucura como algo divertido, cômico e assustador; mas esse conto... esse conto é mau.


E a mais importante notícia de todas!: THE LOST WORLD ESTÁ PASSANDO NA BAND ÀS 15:00 DE SEGUNDA À SEXTA!!!! =D³³³³ *irradiando felicidade*



Fornit Some Fornus

quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

Geentiz, eu esqueci desse blog 8.

Bom, ATENÇÃO TODOS OS MEUS LEITORES (olá Humberto, olá Jalyson), perdoem-me o cheiro de naftalina.



A pessoa que agora vos fala acaba de ingressar no mercado de trabalho =)(?). Sou uma autêntica Escravademinhamãe, acordo-de-5-e-meia-da-manhã-e-trabalho-até-meio-dia-e-volto-a-trabalhar-de-1-hora-da-tarde-e-largo-umas-4-horas passo-o-dia-mexendo-com-papéis-fichas-guias-pacientes-recibos, quem qué café?


x) Não é puxado, longe disso, mas desde o dia mais remoto de minha memória que eu durmo tarde, e pro meu corpo é inadmissível apagar antes da meia-noite, daí fica difícil continuar alerta o resto do dia acordando assim cedo. Sow meio que uma secretária folgada que faz mais e menos coisas que uma secretária comum... Eu nem sei se tenho salário na verdade, até porque eu trabalho menos que o pessoal por lá e por menos tempo, na minha cabeça não é emprego, é como se mainha tivesse me pedido pra fazer as coisas e eu só tow fazendo, ah!, tow trabalhando no CETOL (Centro Especializado de Terapia de Olinda).Mas é muito bom pra mim, eu tô gostando da experiência. E também...
...Depois que eu passei na Federal e escolhi a segunda entrada, ficando com seis meses de folga, eu virei uma espécie de vagabunda aos olhos da família. Quer dizer, e daí que eu tenha estudado que só a murrinha pra passar na faculdade mais concorrida de Pernambuco? Folga é pros fracos. Frases no estilo "Tá só na mamata, eim? Oa pra isso.." *num tom de isso-não-toma-jeito-foi-sempre-assim*, viraram rotina. Então, o trabalho me dá algum crédito.



Minha mãe tá grávida! =D Minha irmã vai nascer no início de julho. O nome ainda não tá definido mas mainha queria Vitória, e João queria Gabriela; é provável que ela se torne Vitória Gabriela Costa dos Santos Melo.
... Eu gosto de colocar minha mão na barriga da minha mãe e ficar imaginando uma minúscula mãozinha se esticando lá dentro. É estranho pensar que Ela está lá, eu estou aqui; mas a distância entre a gente é de alguns poucos milímetros, e ainda assim só a verei realmente daqui a quatro meses. É como se ela sempre tivesse existido, mas só agora tivesse permissão de se tornar matéria, e esses noves meses são necessários para que se torne por completo uma de nós, como um estágio de preparação para o que conhecemos como realidade tangível.
Comprem fraldas para o chá de bebê.


Apareci na TV =)S... (Para aumentar a coisa sem fugir da realidade, fui convidada a ir a um programa televisivo após ter aparecido no jornal "Folha de PE" de um domingo =O x])Numa matéria sobre o Boxe Feminino, num programa de culinária(!) e entrevista. O cozinheiro-apresentador não cozinha!! Saibam disso. Na verdade ele só soube o que tinha que fazer alguns minutos antes ( ou estava recordando o que lembrava muitíssimo pouco). Apesar de um tanto quanto incomodada pela situação e pelo meu figurino [calça de ginástica, blusa do boxe, luvas de boxe excessivamente grandes e amarelas, e com o rosto todo maquiado pelo maquiador de lá (como todos tivemos que fazer, incluindo meu mestre x))], foi tudo muito bom. O cozinheiro-entrevistador é super simpático e ficow contando histórias de algumas entrevistas que ele fez (inclusive uma com Duda Yankovich!, campeã mundial de boxe feminino!). Bom, não vou seguir detalhando o que seria monótono para quem não estava lá, basta registrar que estive, e foi divertido =).



Bom, isso tudo foi só para pôr um pouquinho a par de como eu ando indo, não pretendo ficar postando o que comi no café-da-manhã. Não tenho nenhuma pretensão quanto a isto aqui na verdade. Até.