terça-feira, 20 de abril de 2010

E aí, fé?

Quando eu ainda era bebê, fui batizada. Aos 11 anos terminei meu catecismo e aos 15 participei do EJC (Encontro de Jovens com Cristo), que foi ótimo, por sinal. Estudei em colégio pequeno com ensino religioso toda sexta-feira, até a quarta série, e às vezes ia com minha avó até o NEIL (Núcleo Espírita Investigadores da Luz).
Mas a verdade é que: eu não tenho Fé. Ao menos não Fé em Deus.

Por favor, bom samaritano, não fique horrorizado. Não estou pendendo pro lado do Diabo ou coisa do tipo, até porque, não tenho Fé nele também. Nem venha pensar que é questão de rebeldia, porque meus 13 anos passaram já faz lá certo tempo.
Eu não nego Deus, Alá, Buda, Zeus, Iemanjá, ou o que quer que seja; apenas não me importo com a existência ou não de nenhum deles. Cultuá-los então, não está exatamente entre as 10 coisas que quero fazer no mundo. Toda essa questão divina não me aflige de todo.
Qual era a face de Jesus? Houve realmente um dilúvio? Terá mesmo Cronos, incentivado pela mãe, Gaia, separado o Céu e a Terra? Era Jesus o verdadeiro messias? Espíritos caminham entre nós? Existe Destino? Carma?
Não me importo. E não me importo MESMO.
Eu leio sobre religião como leio literatura:
‘Olha que historia legal.’
‘É baseada em fatos reais?’
‘Sei lá! Próximo.’
Minha crença em Deus se equipara a minha crença em fadas, orixás, gnomos, anjos, etc. Pra mim, estão no mesmo patamar de realidade.

Não tenho orgulho nem vergonha de dizer que não tenho Fé. Também não cultivo preconceito por crente nenhum (exceto contra aqueles que se auto declaram a costela do próprio Deus e me vêm com suas chatérrimas verdades absolutas). Por sinal, se tem algo que eu aprendi na vida e não abro mão é o Respeito, que me foi muito bem ensinado pela senhora minha vó, espírita praticante, e independe de questões filosofo-religiosas (estando também diretamente ligado à formação do que desenvolvi como conceitos de Certo e Errado).
Tem gente que acha que quem não Crê em Deus: mata criancinhas, tem ligação com o Mau e não tem Amor no coração. Pois bem, eu TENTO ser o melhor que posso e espero que seja o suficiente pro que quer que venha por aí.

Aí chega um evangélico e diz que eu vou pro inferno.
Daí eu respondo que, se houver mesmo um, até onde eu sei, haverá antes um julgamento final realizado e decidido por Deus, com presença do Satanás. Veja bem, decidido por Deus. Então, que o sujeito não me venha declarando sentença, pois, pelo meu sistema de peso e medida, menos pesa uma vida boa e sem fé do que um fiel que se considera o próprio Ele, o que geraria um controvérsia, pois, na verdade, este teria Fé apenas em si mesmo e sua devoção a uma outra figura divina seria unicamente hipócrita.
Mas enfim, o que eu quero dizer com tudo isso é só que: Me deixem em paz. Não me joguem na fogueira ou rezem preces pela minha alma perdida, ok? Eu estou bem. Não tentem me fazer orar 50 aves-marias ou 1500 padres-nossos, porque, se não há fé, eles não passam de palavras decoradas. Também não estou pedindo ou desejando que todos abandonem suas religiões, muito pelo contrário, se você acredita, vai com tudo.
E é isso, que seus respectivos deuses e santos os abençoem e tchau.

sexta-feira, 9 de outubro de 2009

Dra.

Esses dias eu andava pensando sobre minhas espectativas, idéias e divagações que eu tinha quando era menor sobre o meu futuro. Por exemplo, quando eu era bem pequena eu disse a meus pais que, quando crescesse, seria Pintora de Parede... para total desconsolo da dupla. Eles me disseram, "Pintora de parede!?! *tom absolutamente reprovador* E tu vai ganhar dinheiro!? Vai morrer de fome menina! A gente paga escola e VÊ *estilo olha-só-que-caso-perdido*". Mas eu nem os ouvia, pois, seguia com afinco a lógica mor de que: há tantas paredes no mundo pra se pintar, que nunca me faltaria trabalho, e se eu trabalhasse sempre, nunca me faltaria dinheiro, e assim, seria rica. MEU, por que ninguém havia pensado nisso antes?! Pois é, naquela época eu não entendia nada de baixa remuneração e concorrência do mercado (e achava que uma casa custava a absurda quantia de R$1000,00).
Numa época próxima a de cima eu pensei certa vez que nunca chegaria aos 15 anos. Porque 15 anos era, pra mim, uma idade muito avançada, e que eu nunca poderia deixar de ser criança, porque era o que eu mais gostava de ser na vida, e não era justo que eu tivesse que crescer. E se não era justo, não seria.
Outra idéia que tive do meu futuro, totalmente contrária à da minha infância de trabalhar duro, veio do desejo de independência (e de uma vida-estilo-meu-seriado-favorito) do inicio da pré-adolescência: eu estava decidida que, assim que completasse 18 anos, eu compraria um cavalo, um cachorro, colocaria uma mochila nas costas, pegaria um mapa, apontaria um lugar aleatoriamente e seguiria pra lá. E assim seria minha vida. Eu conheceria o mundo, conheceria nações e povos, línguas, pessoas, lugares; viveria experiências incríveis e, quando ficasse mais velha, lá pros 30 anos, escolheria um lugar para morar, começaria uma vida fixa do zero e contaria minhas aventuras a todos que quisessem ouvir, até a minha morte. Bom, até onde eu lembro, não havia nenhuma nota sobre como conseguir dinheiro pros mantimentos básicos, nem sobre vistos para entrar em outros países, nem sobre como se defender de ladrões, estrupadores, sequestradores, torturadores, terroristas, kamikazes, etc; nem sobre como embarcar, provavelmente clandestinamente, num navio/avião para a África com um cavalo. Mas isso nem passava pela minha cabeça, a grande questão era: que raça de cavalo eu escolho?
Além disso já quis ser: atriz, pintora (artista), guerreira medieval, médica, andarilha, veterinária, supersayajin, fazendeira, peão, professora de primário, cantora, mestre pokemon, nadadora profissional, advogada, "professora" de esportes radicais, paraquedista, dona do shopping center, power ranger, diretora de cinema, piloto de avião, marechal do exército brasileiro, espiã, bióloga, assaltante profissional, policial, jornalista, bacharel em história, pianista, arqueóloga, legista e escritora. Até onde eu consigo lembrar.
Daí que depois de pensar nisso tuudo, eu me pergunto: o que diabos faço eu no curso de fisioterapia? Tá, eu me formo e faço especialização em equoterapia... E? Cabô? Nem é uma profissão tão bem paga assim. Claro, que eu teria a clínica da minha mãe pra tocar, e a idéia de um emprego autônomo, bem remunerado, garantido e ainda com suporte não é tão abominável assim. Mas a questão é que, sei lá, eu não faço a menor idéia do mundo em que vivo, não entendo nada de transações comerciais, grandes negócios, investimentos, política, táticas sociais, comando de equipe; enfim, quase nada. Só sei que gosto de andar à cavalo, e cavalgar me faz sentir tão bem quanto nunca estive; e gosto de bicho, e de verde, e da terra; gosto de correr e me sujar, de cuidar, de ajudar, aprender; nem tanto assim de conversar, mas muito de estar perto. Só sei que um pedaço de mim seria arrancado e jogado fora se eu me visse indo diariamente para uma sala e passando no mínimo 8 horas lá dentro por dia. Talvez eu simplesmente não tenha nascido para grandes feitos afinal, mas isso não me aflinge. No momento, eu quero me tornar uma veterinária (de animais de grande porte). Posso acreditar na lógica das pinturas de parede e trabalhar duro e ter dinheiro, ter um eterno espírito infantil e ainda viver vagando de um canto a outro, como talvez exija minha profissão. Se isso me trará uma boa condição de vida, não sei; mas, se tudo der certo, eu posso ter a vida que sempre quis (embora sem meu pokemon) e eu jamais teria essa chance se fosse por um caminho oposto. Sabe como é [MODO AUTO AJUDA ON] Voce perde 100% dos tiros que nunca dá[/off]. Eu não sei viver, e isso é fato. Simplesmente faço e digo coisas aleatórias sem nenhum propósito. Mas ISSO, eu quero muito.

[ENEM 'TAMO AÍ! (bolas, não fiz fernandinho! /comofas)]

sexta-feira, 28 de agosto de 2009

Os motoristas de ônibus me odeiam.
Só pode ser pô! Vê, vai fazer um mês que tô na faculdade, das 20 vezes que fui pr'aquela parada, em pelo menos 10 o ônibus passou assim que eu cheguei!... enquanto eu estava do outro lado da rua. Só pode ser um carma. Já tentei chegar 5 minutos mais cedo e, adivinha!, o ônibus passou adiantado naquele dia! Dez minutos... idem. No sexto dia de aula, tendo chegado atrasada em TODA a primeira semana, eu estava decidida a chegar na hora: acordei sofríveis 20 minutos mais cedo, me arrumei mais rápido que o normal, saí MUITO mais cedo que o comum, pensando, "Vou pegar o ônibus do horário anterior.". Acelerei o passo pra chegar logo na parada, sem nem me preocupar em colocar a costumeira trilha sonora. Eu estava a uns 30 metros da parada, vários minutos mais cedo. E... adivinha!! Passou de novo!! Na minha cara!! Quase me dando tchauzinho!! Mas eu tava decidida. Eu chegaria no horário! Saí correndo abobalhadamente; o sinal tava aberto e uma fileira de carros aborrecidos e em velocidade cortavam meu caminho. Não importava, EU VOU NESSE ONIBUS!! Desimbestei no meio da pista, ouvi as freadas e as buzinas que soavam algo como "bii", mas queriam dizer "SUUUUUUAAA DEMEEENTEEE!!! QUER MORRER, DESGRAÇAAADA!?!". Nem liguei, eu estava a um passo da calçada, o ônibus ainda estava lá. Sorri. (...) Cedo demais. Assim que um de meus pés tocou a calçada, aquele filho da--, digo, adorável motorista de transporte público, alçou vôo. Merda. MAS, eu ainda não desistira!! Saí correndo atrás dele socando a lateral do ônibus e gritando "EEI!!! EI!!! PÁRA!! PÁÁÁRAAA!!!! SHOPPING CDUUUUUUUUUU!!", eu tava TÃO desesperada, que cheguei a avançar mais que o ônibus e tava quase na janela do cobrador. Close nas caras apáticas dos passageiros de "Nossa, uma menina correndo, o que será que ela quer?", totalmente alheios a minha angústia. Cheguei até a pensar em me pendurar no ônibus e ficar batendo até que aquela alma parasse e me deixasse entrar, pagar e sentar. Mas o viaduto viria logo em seguida e eu me acovardei. Quando parei de correr e vi o ônibus indo embora, um sentimento de revolta absolutamente justificável tomou conta de mim. Eu xinguei o motorista, o ônibus, a empresa e os passageiros de todos os palavrões mais horrorosos que conheço, e acho até que inventei alguns também. Fiquei resmungando coisas do tipo, "Que criatura detestável", ou, "É por isso que esse país não vai pra frente", durante vários minutos. Nem quando, 35 minutos depois, chegou o outro ônbus, lotado e atrasado, eu parei de resmungar. Fiquei com uma cara de mau e repressiva durante todo o percurso, absolutamente indignada.
Pois bem, desde esse dia que eu venho bolando uma teoria: há um esquema todo armado contra mim. Veja bem, é maquiavélico mas muito simples: toda vez que saio de casa, eu passo por uma rua onde sempre há vigias. Um desses, não sei bem qual, é o cara do alerta. Daí que eu tenho CERTEZA que os ônibus ficam parados na esquina apenas esperando o sinal (eles chegam a aguardar durante horas!), até que, assim que eu passo pela rua dos vigias, o cara do alerta manda uma mensagem codificada para o motorista do ônibus da vez. Ele aguarda mais alguns segundos, para dar tempo de eu chegar mais perto da parada e então, parte. Os motoristas dessa linha específica são pós-graduados em cálculo de velocidade e tempo; por isso, que, após fazerem cálculos mentais mirabolantes, eles sabem a velocidade exata que devem seguir para passarem na minha frente e não serem pegos. Só que às vezes eles mudam de plano e decidem tentar me fazer criar raízes na parada, me fazendo esperar durante MUITO tempo.

Mas agora eu estou em vantagem, pois eu sei o que eles fazem, mas eles não sabem que eu sei =). Já tenho um contra-plano: vou por um caminho mais longo da próxima vez, sem passar pelos vigias, e vou tentar dar a volta na esquina pra pegar os onibus por trás no flagra! Há, eles que me esperem....

terça-feira, 21 de julho de 2009

Limpa Mofo II - O Regresso

Como disse, por enquanto, só texto velho que achei ocupando espaço no meu guarda-roupa.

Sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009

Em 20 de fevereiro de 2009, minha prima, dominada pelo temor insano e pela indiferença, decidiu matar. A pobre vítima era uma inocente vespa que voava aleatoriamente pelo cômodo em que estávamos, ignorando-nos por completo e apenas fascinada pela luz que irradiava da lâmpada de teto do quarto da ré. Apesar dela estar completamente alheia a nós, minha prima a declarou uma ameaça e decidiu envenená-la. Munida de Baygon Ação Total, ela se preparou para o extermínio.
-Morrer envenenada deve ser um jeito horrível de morrer -disse eu.
- ¬¬' Não importa, ela não sente, não pensa.
- Talvez fosse isso que os nazistas pensavam dos judeus.
Passando a me ignorar também, ela perseguiu o pobre inseto aonde quer que fosse jogando poderosos jatos de veneno letal ao redor; quase comprometendo a própria saúde, mas, o desejo de morte, naquele momento, tornou-se mais poderoso que o de auto-segurança.
Apesar dos esforços da vespa para sobreviver, alguns segundos de pura agonia depois e ela não conseguiu mais manter-se no ar. Aterrissou abobalhadamente e agonizou no chão. Esmaguei-a. Num último olhar vi que uma de suas patas havia ficado levantada para cima, num gesto humano de clemência. Peguei-a por uma de suas asas e a enterrei.

Enterrar Avespa, como decidi chamá-la para que não morresse como indigente, foi uma decisão difícil; pois não sei qual a coisa mais digna a se fazer com os corpos dos seres do ar. Então, dei-lhe apenas o que tinha: uma insuficiente dignidade terrestre.





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Comentários póstumos:

que meeeerdaaaaaaaa =P o texto e o drama x]
Pois é, apesar do que acabei de dizer na linha acima, eu REALMENTE senti a morte da vespa =|... os únicos seres que eu não sinto a menor dó são muriçosa e afins e barata; fora isso, qualquer um que faça me sentir ameaçada... mas, pô! Coitada da vespa...

domingo, 5 de julho de 2009

*Limpa Mofo*

Pois é, não vou dizer que a ideia de voltar com o blog me alegra por demasiado, por isso digo logo que não tô voltando pra valer. É só que eu tava fazendo uma faxina de papéis no meu quarto e achei algumas coisas que eu tinha escrito e talz, e daí resolvi colocar por aqui. Assim eu atualizo essa joça e ainda contribuo com a reciclagem ;)

Essa de hoje foi escrita em 31 de Março de 2009 (antes do *enjoei*) e, pelo que percebi, eu tinha escrito só pra colocar aqui no blog então lá vaí:


Eu andava levando minha vida normalmente; sabecumé: acordando cedo, indo trabalhar, chegando à tarde, dando uma estudadinha em qualquer coisa pra não perder o costume(!), tentando tocar alguma coisa no violão, fazendo algum exercício, assistindo um filme ou seriado no pc e, como prometi, lendo alguma revista (do estilo Veja e Carta Capital) ou jornal.
Por sinal, já descobri um monte de coisa interessante folheando essas coisas; por exemplo: vocês sabiam que Deus foi colocado na justiça?? Pois é, eu esqueci o nome do cara, mas ele processou Deus culpando-o por todos os desastres naturais que já aconteceram na história! Ele perdeu, mas disse que vai recorrer. Pois bem, descobri também o cauchsurfing!! A história é a seguinte: um americano muito do desocupado tava navegando na internet quando achou passagens para a Islândia por um preço absurdamente barato!! Tava TÃO barato, que ele comprou. Assim, sem mais nem menos. Só que, além de desocupado, ele era liso, e não tinha dinheiro pra pagar um hotel por lá. Daí, ele resolveu mandar 1500 e-mails pra estudantes de uma universidade da capital de lá perguntando se... por um acaso... não poderiam hospedá-lo! De graça, claro. Em menos de um dia ele recebeu 50 respostas positivas, ESCOLHEU uma e foi simbora pra Islândia. E assim nasceu o couchsurfing, ou seja, numa tradução tosca: surfando no sofá, já que é muito provável que é lá que você vai dormir. Hoje já existe até um site pra isso: www.couchsurfing.com, e tem muito brasileiro nessa história, como uma tal de Luciana que fez uma viagem de mochileira por 17 países na Europa por esse esquema. Mas voltando às minhas descobertas: li, num mesmo jornal do mesmo dia, umas três matérias sobre a campanha no interior do estado do Governador Eduardo Campos (me'rmão, tinha até uma matéria sobre o nome do carro dele!! /kralho... Que eu não li, só pra constar); descobri que vai faltar água em algum canto por aqui por perto, mas não na minha casa, então não dei muita importância (egoísmo absoluto); e descobri que EXISTE uma folha do jornal MUITO mais chata que Política: Economia. A seção tem mais número que letras, só fala de crise, dificilmente tem uma notícia boa e eu não entendo bulhufas das matérias mais elaboradas. Eu fiquei desistimulada com as matérias sobre política, quer dizer, é mais fofoca que política na verdade. Disputa eleitoral parece mais briga de cocotas.
Ah! Andei pesquisando assim, sem compromisso, sobre trabalho voluntário em lugares distantes. Descobri que pra ir à África é caro demais pra mim e tem até que fazer curso preparatório pra ser voluntário; além das 250 vacinas contra doenças-terríveis-e-altamente-infecciosas que você tem que tomar antes de ir, e, ainda além disso, você tem que passar mais ou menos 1 ano e meio por lá. Também descobri (ou achei ter descoberto, já que não tenho certeza quanto a essa informação) que mulheres não podem ser recrutas no exército brasileiro!! É vero?! Ao menos o site do exército só fala em mulheres com graduação em algumas áreas úteis às formas armadas (há! Fisioterapia e Veterinária são duas delas!)... Mas eu não desisti, e também nunca estive firme, de nenhuma das duas idéias (África / exército)...
Sim, mas não era sobre isso que eu queria falar. Como eu tava dizendo, eu tava levando minha vida normalmente quando descobri o terrível: estou só. No meu quarto, quero dizer. E não, não penso em me casar nem arrumar alguém com quem dividí-lo, thanks. Tô dizendo que nesse cubículo em que passo toda a noite, eu sou o único ser vivo. Além das muriçocas malditas munidas com seus ferrões despejadores de veneno e sugadores de meu sangue, que circulam por aqui; o que torna as coisas muito piores porque... elas são minhas inimigas. São sim. E eu, literalmente, tenho alergia a esse tipinho asqueroso de ser. Então decidi trazer mais vida aliada a mim pro MEU espaço. Então, de hoje de manhã pra agora, o número de habitantes legais de Myroom, passou de 1 para 4!!
Conheçam: Rouge, uma adorável... planta (desculpe, não entendo nada de espécies vegetais); e os dois peixes (da raça Tetra negra, eu acho): Cris e Eli (lê-se Ilái, ok? It's inglish). Mas, nem tudo são flores (só a Rouge), pois Cris e Eli têm medo de mim! Enquanto eu os vejo como dois amigos-peixe sem sexo definido (por isso os nomes Unissex), eles me vêem apenas como uma cabeça gigante de dentes afiados pronta para devorá-los!! Loucos!... Mas eu tô conquistando a confiança deles à base do suborno alimentício e até que tá dando certo.
Sim! Também comprei um pandêro. Sei lá o porquê, tava meio barato e acho tão legal quem toca que eu decidi levar pra ver se consigo ser auto-didata. Pior pros vizinhos. esse negoço é escandaloso!!!
E, pra completar as novidades: entrei no hipismo. TÕ--MUITO--FELIZ--!!!!


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comentários póstumos:
1 - fora a Super Interessante, a Mundo Estranho e minha nova mania: a Horse; não tô lendo mais revista nenhuma.
2 - Rouge morreu... E Cris também... (ou foi Eli? O.o) ahuasuahauahu R.I.P.
3 - o negoço do pandeiro não eu muito certo x] mas até que dá pra fazer barulho
4 - Tô muuuuuuito feliz com o hipismo =D!!! Quarta-feira é o dia mais aguardado por mim!!! Já tô saltando e talvez, se a égua ficou prenha, eu "ganhe" um cavalo/égua do meu padrasto!! =DDDDDDD Claro, que eu aqui e ele/ela lá em Palmares, mas mesmoo assiiiiiimm owwwwwwwnnn é meu =)

domingo, 12 de abril de 2009

Enjoei

Enjoei de ter um blog.
Eh isso.
Deixa isso no mofo até eu desdesgostar de novo.

quarta-feira, 11 de março de 2009

Eu tava tentando tirar alguma coisa do meu violão completamente desafinado quando lembrei da primeira música ensinada no Cap: pra não dizer que eu não falei das flores. Mas eu só lembrava o iniciozinho da música porque tocava num comercial aí sobre qualquer coisa. Então eu fui no youtube, digitei o nome da música, escolhi o primeiro vídeo da lista, esperei carregar e depois que eu assisti... de repente o violão; o fato de eu estar aprendendo a tocar violão... me pareceu ridículo. Soava como uma afronta, como se eu tivesse segurando a prova da minha alienação; como se eu tivesse virando a cara pro mundo e decidindo viver um sonho de vidro fosco. Nada demais na verdade, uma sensação com essa eu, e milhares de pessoas como eu (que têm uma casa, comida, relativa segurança, dinheiro e uma tv), já senti diversas vezes. Sabe como é: culpa pelas crianças morrendo de fome na África, por aquelas pedindo esmola no sinal, por aquelas das fotos no jornal mortas por bombas, e etc, e você aqui, no computador, de barriga cheia, com pai e mãe e escola bacana, e etc. E então você decide nunca mais estragar comida e bolar um plano pra mudar o mundo; e talvez isso dure uma semana, talvez duas, mas daí depois você só segue em frente. É um clichê de vida, se é. E dessa vez pra mim talvez só seja mais uma vez, mas... se vocês puderem ver o vídeo AGORA e derem pause aos 52 segundos...
Sério, vão ver o vídeo antes de continuar.
(http://www.youtube.com/watch?v=5rtU0pg-kkw)
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Mas aí veio esse menino da foto. E, se querem saber, de primeira eu nem reparei em seus membros faltosos, porque eu estava muito ocupada me assustando com o olhar dele. Quer dizer, olha pra ele, não é só um olhar de uma criança perdida, ou com fome, ou desesperada. Eu preferia vê-lo gritando da mais pura raiva a ver aquele olhar de novo. O olhar de um adulto
Foi isso que eu senti, e então eu fiquei encarando a foto por bastante tempo até ver só... um menino de novo; perdido, desesperado, gritando de agonia e dor, desolado, fechado e marcado. Talvez ele nunca tenha tido a chance de aprender a andar... E não é só uma foto, é um alguém real que está por aí. É real... e ele existe. ESSE MENINO EXISTE!!!
Eu sei: você sabe disso. Talvez só eu não soubesse com certeza, e a revelação me deixou um pouco tonta. Não é como um filme com final trágico que você assiste várias vezes na esperança de que se, talvez, se você assistir de novo, o final mude, e tudo fique muito-bem-obrigado; é mais como um agora muito longe e extremamente difícil de ser alterado e completamente impossível se você quiser ficar sentado com esse seu traseiro gordo nessa cadeira pensando em o quanto o mundo é realmente injusto. Isso é uma mensagem pra mim, só pra frizar.
Ok, dessa vez nada de planos pra instituir uma reforma agrária mundial, nem de socar os políticos até que eles se tornem justos, porque não dá mais pra esperar mais ninguém começar alguma coisa pra que eu simplismente concorde ou amaldiçoe. Porque eu posso começar alguma coisa, de verdade. Posso mesmo. Talvez a África seja muito longe, e a faixa de Gaza um lugar para se virar uma peneira; mas quer saber? Há taaantas coisas pra fazer... Eu não posso fazer todas, não mesmo, mas posso escolher uma, certo? Imagine um gigantesco pote de vidro cheio de pequenos papeizinhos (um pote muito, muito grande), e em cada pedaço de papel: um problema; que vai desde a chateação de um menino com sua bola de futebol furada até grandes guerras.Mas esse pote é especial, porque, além de ter esse tamanho absurdo, ele é mágico. Se é. Dele só se tiram os papeizinhos certos para o que está ao alcance da pessoa que o tirou. Isso não é Deus, nem destino, isso é... uma coisa que simplismente acontece. Vou pegar um. Ainda não sei o que tá escrito, mas tenho certeza de que é realizável. Tenho um rastro de idéia do que seja, mas não vou olhar agora. Sabe o que eu vou fazer nesse exato momento? Desalienar. Eu acho política uma das cinco coisas mais chatas do mundo, mas vou fazer um esforço pra ter interesse. Nem tão cedo eu vou ter um partido de preferância ou uma proposta governamental, ou vou entender o que está acontecendo no mundo; mas o começo é sempre assim, muito mais difícil.
Ah! Isso não quer dizer que eu vá parar de treinar violão, ler livros de ficção, assistir filmes e seriados compulsivamente ou deixar de fazer qualquer uma dessas coisas que eu goste. Eu só tô acrescentado uma coisinha a mais.