quarta-feira, 17 de dezembro de 2008

Tive que deletar o antigo blog por causa do vestibular. Não que eu fosse estudar, mas saber que eu não estava fazendo outra coisa enquanto deveria estar estudando me parecia certo, ainda que acabasse nem estudando nem fazendo outra coisa. Princípios da consciência.



Certas coisas mudaram na minha vida desde que deletei meu último blog, mas eu não vou falar sobre todas elas, e não agora, seria cansativo e fora de hora.


Sem metáforas:
Quebrei a cabeça.
...Talvez isso já seja uma mentira, mas que eu rasguei meu couro cabelo eu rasguei sim!! E levei três pontos!!
Tudo se passou numa cama elástica velha e pequena, quando eu decidi tentar dar um mortal caindo em pé. Não consegui. Bati a cabeça com tanta força no ferro redondo que sustenta as molas que quando eu me levantei eu fiquei imaginando se aquele barulho todinho tinha realmente sido eu. Me ergui um pouco zonza e disse: "Ai"; minha mãe me olhou com pavor, mas eu lhe assegurei que tava bem e voltei a pular. Só depois de um tempo eu senti um pontadinha de dor na cabeça e coloquei minha mão em cima, quando a desci, ela tava cheia de sangue. Eu olhei pra minha mão, olhei pra Hingles (que tava na cama elástica comigo) e disse: "Tá sangrando ó". Pronto, cabôsse. Foi o maió zuzuê, minha mãe veio correndo desesperada ao meu 'socorro', um monte de gente veio prestando 'auxílio', cada um que dissesse do seu modo o quanto uma cama elástica é perigosa, e etc, etc, etc, "Vai tê que levá ponto".
(...)
O QUÊ?!?!? Ponto do tipo costurar minha cabeça?! E pra isso vão raspar meu cabelo!?!?!? Mai nuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuunca!!!!!
A idéia de ter um buraco careca na cabeça realmente me apavorou, além disso, não tava duendo absolutamente nada, eu poderia muito bem viver com aquilo pro resto da vida (que biologicamente seria muito curta, já que o sangue não parava de sair). Mas minha mãe não quis saber das minhas aflições e me levow pro médico.
Sabe qual foi a minha sorte? Que o doutô tinha um trauma de infância. Ele disse que aos oito anos ele bateu a cabeça descendo de um tobogã e teve que levá ponto, daí o médico cortou toda a franja e boa parte do cabelo da frente dele; agora ele era um menino de oito anos calvo. Bom, entendendo minha situação ele fez um esforço e costurou meu couro sem me encarecar.
Agora minhas primas ficam soltando piadinhas do tipo, "agora que bateu a cabeça, bora rezá pra que tenha colocado o cérebro no lugar", ou se eu esqueço alguma coisa é porque depois que eu bati a cabeça fiquei esclerosada, etc; enfim, vô logo dizendo que NÃO TEM GRAÇA!

Hoje fui tomar a vacina antitetânica. Admito que adiei ao máximo esse momento; na internet havia relatos assustadores de pessoas que tomaram essa vacina e, como eu não queria perder os movimentos do meu braço esquerdo, eu preferi esperar uma mensagem dos céus me dizendo que eu não precisava ir. Mas ela não veio e eu, corajosamente, me diriji ao Imune Center. Prometi a mim mesma que não gritaria, tentei imaginar a insuportável dor antes que ela acontecesse pra que não me pegasse de surpresa, e se eu não suportasse e morresse, viraria uma mártir. Minha mente e meu corpo estavam preparados, a enfermeira pegou a agulha, eu dei uma rápida olhada nela apenas para ver a face do meu carrasco. "Vai doer um pouquinho", ela disse. Um pouquinho..., pensei, se ela usasse uma guilhotina me diria que eu sentiria uma coceirinha na nuca. Virei o rosto, era ago--, "pronto, cabô."; "... já terminou?"; "não doeu não?"; "=D não...". Caramba, eu me senti a idiota mais feliz da crosta terrestre, tirar sangue, que não dói, é mais doloroso que aquilo.
É isso. Até segunda eu não posso fazer esforço nem ensopar minha cabeça, ou seja, passo o dia todo assistindo filme ou seriados. Tenho um novo vício: o seriado Verônica Mars, por sinal, faz uns dois minutos que eu tô querendo acabá logo de escrever pra ir logo assistir o episódio que acabow de baixar, vô nessa.

Um comentário:

Jalyson disse...

posta mais, mayara @-@